Senna: Meu relacionamento profissional e pessoal. Em japones
Hoje a revista japonesa ‘NUMBER’ publica um longo artigo sobre meu relacionamento profissional e pessoal com o tricampeão Mundial Ayrton Senna. Para os japoneses, aqui vai a capa. Aos demais, extraí alguns trechos.
Sobre nosso trabalho juntos: “Foi um longo caminho, lento e profundo. Lento e profundo? Isto mesmo. Ayrton era veloz nas pistas mas, como pessoa, jamais se apressava no falar ou em se abrir com as pessoas. Não jogava conversa fora, não desperdiçava atenção com quem não lhe tratava com respeito. Ganhar sua confiança e obter o direito de compartilhar alguns de seus momentos mais ‘fortes’ é uma de minhas maiores conquistas como profissional. E como pessoa.
Sobre o homem. “Ele não era uma pessoa fácil. Era intenso, focado. Eu sempre dizia: “ O Ayrton não veio ao mundo a passeio”. Ele tinha total compreensão do quanto sua imagem , seus esforços , sua conduta e seus resultados importavam as pessoas
Sobre a morte de Ratzemberger: Trago comigo sua imagem de tristeza e desespero ao assistir pelo monitor nos boxes o acidente fatal do colega austriaco Roland Ratzenberger (eu estava bem ao lado dele), um dia depois da ansiedade pela batida de Rubens Barrichello e um dia antes de seu proprio acidente. Compartilhei com ele sua ansiosa tentativa de ir ao Centro Médico na sexta feira e ao local da morte do austríaco no sábado.
Sinto saudades. De sua intensidade, de seu carisma e até de seus maus humores. Not a dull moment, como dizem os ingleses. Era muito interessante trabalhar com ele. Sempre havia uma nova conquista a ser perseguida, um novo projeto a ser montado, um novo desafio a ser conquistado.